Um dos principais desafios quando se fala em história da dança é deixar de lado a visão antiga de que trabalhar com essa área do conhecimento é produzir uma narrativa linear no tempo, sem levar em conta qualquer tipo de contextualização, seja social ou artística. Como uma lista de datas, fatos e eventos.

História, porém, não é isso. Apesar de apresentada nesse curso em um recorte temporal, com o objetivo único de facilitar seu entendimento, a história da dança deve ser percebida como um processo em constante transformação. Processo em que diferentes formas de organização artística, independente do período em que foram criadas, podem ser apropriadas e, com isso, fazer surgir outras danças.

A partir da pergunta “como a representação da dança e da dança no corpo se transformou ao longo dos séculos”, são apontadas as conexões entre a história, o material técnico e estético e os processos de criação em dança. Trata-se de entender a produção de uma obra coreográfica como parte do contexto social em que está inserida, e assim perceber as questões ali presentes e suas especificidades. Nesse sentido, estudar a história da dança é estudar a própria história do homem.